rara ki te ra´ã
mahana maha/tanjaroa ‘uri
dcpv – Eu quero a minha moal Chandon
Após um lauto café da manhã ( ainda vou defender uma tese sobre o porque dos pães fabricados em lugares praianos serem tão bons!), rumamos pro nosso primeiro passeio: a fábrica dos moais, o monte Rano Raraku.
Primeiramente vamos a explicação básica. Os moais eram como troféus pra que o rei e os chefes das tribos demonstrassem o seu poder.
Quanto maior e mais bonito o moal, mais importante seria o “figurão” que ele representasse (qualquer semelhança com os carrões, apartamentos, jóias, gadgets, etc de hoje em dia não é mera coincidência!).
E o mais estranho é tentar descobrir como eles foram transportados pois eram talhados (em pedra maciça) na montanha e posicionados definitivamente nos ahu, as plataformas que normalmente ficavam a km donde eram esculpidos e próximas as praias.
Surgiram várias teorias (não existe nada escrito e portanto, comprovado): através de toras de madeira e daí a completa falta de vegetação aérea da Ilha; utilizando pedras roliças na base dele sendo que ele era transportado completamente em pé através de cordas (lembrem-se, são estruturas de no mínimo 6 m de altura e pesando em torno de 50 t). E até que usaram vegetais como meio de locomoção a fim de diminuir o atrito. Por exemplo, batatas doces! Imagine a quantidade de purês que fizeram, pois a distância era grande!
É claro que alguns caiam pelo caminho.
Ah! Além do mais é expressamente proibido pisar em moais! rs
Pra refrescar as idéias, o explora montou um almoço em plena praia de pedras e com piscinas naturais que mais pareciam as do Império Romano. Com direito a pratos frios/quentes e vinhos da casa.
Padrão explora de qualidade.
Ainda deu tempo de passarmos pela única cidade da Ilha de Páscoa, Hanga Roa (4000 hab) onde estava se realizando a Tapati, uma festa anual onde todos os locais participam e tentam manter a sua cultura.
São várias competições (gastronômicas, físicas, intelectuais) e justamente neste dia, vimos uma espécie de Garantido x Caprichoso, o boi Rapa Nui já que esta competição é entre duas famílias tradicionais da Ilha de Páscoa!
Todos os participantes se despem, passam lama pelo corpo todo, se pintam e juízes dão notas pra cada um deles. Teve até lerrítimos Rapa Nui paraguaios!
Ganha a família que tiver a soma mais alta das notas e a vencedora, elege a Rainha da Ilha por um ano.
Muito interessante ver como as pessoas quando tem as suas tradições, não tem o mínimo pudor de participar da festa. Olha deu vontade de participar in-natura também!
Todo mundo peladão e uma parte da população com um corpinho de fazer inveja ao nosso Ronaldo Fenômeno!
Voltamos a tempo de fazer uma bela boquinha noturna!
Ah! explora !
Maururuu !
.
Há 5 comentários
Festão nada a ver com naturismo é muuito bom !!!
E esse Explora hem ? Bom que podiam colocar um aqui no nordeste
😎
Que bela bunda e que bela espetada de camarão he he
Os moais devem ser impressionantes!
As chuvas de verão insistem em avançar pelo outono, enquanto sabores e viagens continuam colorindo o espaço do DCPV.
Não sei, Edu, se são os pães fabricados em lugares praianos que são tão bons, ou se é a tranquilidade do café da manhã quando estamos de férias que trazem sabor ao mais simples dos alimentos. Aliás, dentre as odes “gastronômicas” de Neruda, a dedicada ao pão é uma de minhas preferidas e os versos abaixo os de que mais gosto:
“La tierra,
la belleza,
el amor,
todo eso
tiene sabor de pan,
forma de pan,
germinación de harina,
todo
nació para ser compartido,
para ser entregado,
para multiplicarse.”
Você tem toda razão: moais, carros, jóias, gadgets… Em toda cultura os homens encontram uma forma de “materializar” – ou seria “exteriorizar” – suas posições sociais, políticas, econômicas… Deveriam faze-lo por meio de seus sentimentos e ações, mas muitos o fazem por meio de símbolos. Triste mesmo é quando fazem uso dos símbolos para “exteriorizar” aquilo que não são, mas gostariam de ser… Consequências dessa nossa sociedade acostumada a conjugar o verbo ter em substituição ao verbo ser.
Abraços!
Essa ilha é uma surpresa mesmo…linda e divertida! Eu aposto que vocês ficaram loucos para entrar na folia, hehe…
Ameixa Seca 😆
Sylvia, é mesmo! Eu só queria ver como eles fariam com o serviço porque seria beeemmm éslowwwwwwwww….
Ameixa, concordo em parte. A espetada foi um espetáculo. Já a outra “banda”, não achei tudo isso, não !!
Adriana, grato de novo pelos presentinhos. Vamos usá-los daqui a pouco no IB Mineirim, sô.
E mais uma vez, você escreveu bem e bonito além do belíssimo poema do espetacular Pablo Neruda. Não se esqueça que o prefácio do nosso livro será de sua autoria !!
Emília, certamente você será a Eco-Emília por lá! E ficamos loucos,sim, mas com roupas !! rsrs
Abs.