23/07/2016
Jour troix – França – Vale do Loire – A mulherada fazendo a diferença em Chenonceau.
Hoje seria o dia de visitar o castelo que mais aguardamos.
Afinal, Chenonceau tem essa aura.
E você saberá o porque.
Levantamos um pouco mais tarde e o sol estava a pino.
Tomamos o nosso correto café da manhã e zarpamos para Chenonceaux.
É lá que fica o Castelo de Chenonceau (é assim mesmo sem o x).
E uma das surpresas é justamente na chegada.
Toda a infra é muito bacana. O estacionamento é grande, a bilheteria funciona perfeitamente e a vista do castelo é impressionante.
Além de que ele foi construído exatamente sobre o rio Cher.
Mas o mais bacana mesmo é a história dele.
Inicialmente, o rei Henrique II ofereceu o castelo para Diane de Poitiers, sua amante.
Ela fez acontecer no castelo.
Mandou fazer um jardim especial pra ela …
… além de decorar todo o castelo com o que de mais bacana existia na época.
Acontece que o rei morreu e a sua viúva, a famosa Catarina de Medicis, desalojou a sua amante do castelo.
E aproveitou a situação pra reformar todo o castelo.
Fez também um belo jardim pra ela e …
… mandou construir uma galeria sobre as águas do rio que se transformou num dos mais belos salões de baile da Corte.
Ou seja, com toda esta guerra de egos, Chenonceau se transformou num lugar imperdível pra se visitar.
E você tem a nítida impressão de se sentir como se estivesse naquela época através das reproduções dos vários cômodos do castelo.
Seja na sala da guarda, na capela, no quarto da Diane, a amante, …
… no gabinete verde, onde Catarina governou a França, na galeria, …
… é claro que na cozinha, …
… no quarto da própria Catarina e …
… em outros menos votados.
Os jardins também são casos a parte. Seja o da Diane, seja o mais belo, que é o da Catarina.
Enfim, ficamos tão encantados que resolvemos almoçar lá mesmo, no restaurante l’Orangerie …
… onde comemos dois peixes muito bons e …
… tomamos flutes de Vouvray e duas taças dum Sauvignon Blanc.
Aproveitamos que estávamos perto e fomos conhecer uma cidadezinha florida e muito bacana, chamada Chédigny.
Incrível como a maioria das cidades parecem abandonadas, já que você não vê ninguém circulando em nenhum momento.
E este caso não foi diferente.
Apesar da dificuldade de estacionar, curtimos muito passear num lugar tão bacana e tão vazio.
Pra não dizer que não vimos ninguém, entramos numa boulangerie (sim, estava aberta num sábado à tarde) e compramos dois pães doces.
É claro que estavam deliciosos.
Retornamos pro hotel e …
… resolvemos jantar novamente no restaurante dele.
Afinal de contas, estava na hora de beber um pouquinho. 🙂
Flutes de Moet serviram pra começar os trabalhos.
A Dé pediu peixe e dos bons. Um Le Turbot, doré sur l’arete. Relevé d’une paté de citron Au miel. Quinoa d’Anjou torréfié. Pannequets de blancs d’oeufs aux jaunnes truffés. Jus de Poulet. Me fala se um negócio com esta descrição não estaria bom demais?
O meu foi, Le cannard challandais, perfumé d’épices doces et jus de presse. Melheur jaunne confit et fruit de la passion. Não precisa nem dizer que fiquei apaixonado (né, sócios?)! 🙂
Abusando, pedi uma sobremesa. La Violette, en creme légère aux framboises confiturées. Macaron garni d’une sorbet Au champagne a l’eau d’ananas. Mais uma beleza.
Tomamos um vin Blanc do Bernard Baudry (gracias pela dica Marcia Lube).
No restante, foi pensar no melhor pão com manteiga que comemos em nossas vidas e …
… dormir o sono mais que dos justos.
Veja que belo anoitecer (nada como um anoitecer por volta das 22:30, né?).
Au revoir,
.
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Tudo encanta na região do Loire.
E como dizem que a gastronomia de lá é rainha, o Domaine des Hauts de Loire é onde comprovamos isso : ô delícia !
E desfrutar de tudo com um Bernard Baudry, então…
É mesmo, Marcia. Incrível como cada castelo te surpreende e te encanta.
Sem contar os vinhos e a comida, Bernard Baudry, incluso.
Abs loirescos pra voces.