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dcpv – da cachaça pro vinho – o lado b do dcpv

número 222
15/07/09

dcpv – O lado B do DCPV

Eu e a Dé fomos à Casa Cor. E de graça!

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Como?
O caminho foi a inscrição em dois cursos que faríamos no espaço Brastemp, o BGourmet já que ao comparecer pra fazer os tais , você teria direito a visitar a exposição na “faixa”.

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Um deles foi às 17:00 hs e versou sobre o Azeite de Oliva.
A especialista Paola Tedeschi nos informou sobre todo o ciclo pra se fazer um belo azeite desde a colheita da azeitona até a venda e consequente consumo daquele néctar olivado na sua mesa.

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Muito bom e altamente informativo, além de ter uma degustação e algumas dicas sensacionais tais como: para comprar corretamente um azeite extravirgem, preste atenção especialmente na data de validade (quanto mais distante, melhor) e principalmente se o fabricante é também o envazador e que os de garrafas escuras mantém as características por mais tempo.
Ou seja, leia e veja atentamente o que está escrito na embalagem!

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Quanto ao fenômeno recente do grau de acidez, a Paola desmistificou o fato de que quanto menor, melhor o azeite. Afirmou (e mostrou) que existem azeites extravirgens muito bons com acidez bem próxima dos 0,8%, já que dentro do intervalo de 0 a 0,8% de acidez, todos são considerados legítimos extravirgens.

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Aproveitamos que estávamos por lá e que o próximo curso seria somente às 20:00 hs pra dar uma circulada pela exposição.
Pra variar, vimos um monte de coisas malucas…

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…  e um monte de coisas bacanas …

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… mais um monte de coisas malucas…

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… e mais um monte de coisas bacanas.

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Tomamos um chá na belíssima Casa do mesmo …

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… e voltamos pra escola onde o chef Eric Thomas, do restaurante Tantra, faria receitas sobre Sementes Proibidas! O assunto prometia.
Foi interessante, mas nada empolgante.

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De qualquer maneira, ele demonstrou como fazer um Garam Masala e melhor, como utilizá-lo corretamente.
Com as receitas dele e  mais algumas que estavam no livrinho Clássicos de Inverno distribuído pela Brastemp, eu tinha mais do que um motivo pra fazer uma noite, ou melhor, um menu lado B e Proibido no dcpv.

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Vamos então ao resultado do passeio decorativo.

Bebidinha

Uma opção excêntrica e temperada.
Caipiroska de limão galego, canela e Absolut 100. Boa!

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Entradas

Bisque de camarão e Chapati

Com este frio, um belo bisque e de camarão cai muito bem.

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Muito fácil de fazer. Ponha uma colher de manteiga, 4 tomates em pedaços, 4 dentes de alho picados, 4 talos de coentro e 4 xícaras de cascas de camarão (eu falei cascas!) numa panela grande, tampe e deixe ferver em fogo alto por 10 minutos.

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Acrescente 4 xícaras de água e deixe por mais 10 minutos. Bata a mistura no liquidificador e coe com uma peneira.

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Em outra panela, ponha uma colher de manteiga e 1/4 de xícara de farinha de trigo, mexendo sempre, por 2 minutos. Acrescente o caldo reservado, misture e deixe ferver por 5 minutos ou até engrossar. Junte 1 xícara de creme de leite, uma pitada de pimenta calabresa em flocos e 2 colheres de suco de limão.

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Mexa e sirva imediatamente. A receita não pede, mas aproveitei pra fritar uns camarõezinhos e dar uma graça a mais no prato.

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E o Chapati? Pra quem não sabe, o chapati é um pão indiano, utilizado especialmente como veículo pra levar o alimento até a boca (lembrem-se da utilização da mão esquerda pelos nuestros hermanos hindus).

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E fazê-lo é uma verdadeira moleza. Uma parte de farinha integral mais uma parte de farinha normal e água o suficiente pra se tornar uma massa trabalhável.
Misture o tempero/especiaria que quiser (eu usei o meu Garam Massala) e pronto.

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Estique as massas com o tamanho de uma frigideira e frite no ghee.

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E ainda complementamos tudo com legumes cortados com fundo de sal grosso e um iogurte com summac.

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Tomamos um branquinho português, o Serras do Azeitão 2007 que foi descrito como “laranja, escorregadio, extravirgem, lusiano” pelos Consul, o lado B da Brastemp.

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Principal

Nhoque de semolina e peito de frango com garam masala

O Eric Thomas nos ensinou a preparar o lado B do garam.
E também é simples. Escolha as especiarias que gostar/tiver, coloque-as numa frigideira bem quente (deixe enfumaçar) e moa num pilão.

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Eu usei zimbro; pimentas branca, preta e rosa; cominho, coentro, erva doce; mostarda amarela e preta; sal; gengibre e cúrcuma. Ficou cheiroso demais.

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Pra fazer o frango é só usar as metades de um peito (grosso mesmo!).

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Coloque o garam masala dos dois lados e frite com pouco azeite.

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Quando estiver bem dourado, tire o frango da frigideira e corte ao meio e longitudinalmente. Coloque mais um pouco do garam masala e retorne ao fogo.

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O resultado é surpreendente, pois o peito fica extremamente aromático e macio.
Já pro Nhoque, coloque 4 xícaras de leite pra aquecer. Antes de ferver, junte 3 colheres de sopa de manteiga, noz moscada à gosto e tempere com sal e pimenta. Acrescente 1 xícara de semolina. Cozinhe até ferver e se soltar do fundo de panela.

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Dissolva 3 gemas em um pouco de leite e junte a semolina. Misture rapidamente.
Unte uma superfície lisa com óleo e despeje sobre ela a massa do nhoque. Espalhe até obter a espessura de 1 cm e deixe esfriar.
Utilize um cortador pra moldar os nhoques e arrume-os em um refratário untado com manteiga.

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Por cima, distribua um pouco de manteiga e polvilhe com queijo parmesão ralado. Leve ao forno por 30 minutos ou até dourar a superfície.

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Servi com um molho feito do que restou na panela dos peitos de frango, deglaçando com vinho branco, adicionando leite de coco e temperando com sal de limão e salsa crespa. Um molho lado B criado na hora e que se transformou num belo coadjuvante.

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O prato todo ficou uma beleza. Com B!

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Desta feita, um tinto Lidio Carraro Tannat 2006 nos acompanhou e foi “encorpado, becedário, almaviva nacional, encorpado” segundo os LG, nós mesmos.

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Sobremesa

Chocolate Quente com Especiarias

Esta é uma sobremesa lado B. Chocolate quente?
É isto mesmo! Chocolate quente e servido numa xícara.

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Misture numa panela, 1/4 de xícara de chocolate em pó, 1/3 de xícara de açúcar, 1/2 colher de chá de canela, 1 pitada de noz moscada e 1 pitada de cravo em pó. Junte 1/2 xícara de água quente.
Ferva por 2 minutos.
Adicione 3 1/2 xícaras de leite e aqueça, mexendo de vez em quando. Não deixe ferver.
Retire do fogo, junte 1 colher de chá de baunilha (usei uma fava) e um cravo. Bata com um shaker até espumar e sirva quente.

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E pra esquentar um pouco mais, acompanhe com um belo conhaque, um Camus VSOP (no nosso caso, ele estava no finalzinho e complementei com um Schnappes, uma cachaça diferente).

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Uma boa experiência é colocar um gole de conhaque na boca, sentir o buquê e logo em seguida, tomar um belo trago do chocolate quente. É arrebatador (ainda mais com este frio).
Como diria o italiano, “ma cche lado B que nada”.

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Eis a opinião dos BoBos :

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Eu sempre gostei do lado B dos discos (tem gente que não vai entender nada!) . (Edu)
Lado B… eleza ! Espetacular. (Mingão)
The other side is beautifull. (Déo)

Resumo da ópera O Guarani (quase um lado B delas) e utilizando o mesmo lado de um grande bordão publicitário criado pelo Riq do blog VnV: este jantar foi uma Brastemp.

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Bye Bye !

PS – Quem estiver interessado em fazer uma degustação e/ou uma aula de culinária gratis nos dias 20, 21, 22 e 23/08, dê uma passada no site http://www.grandeschefs.com.br e conheça um pouco mais sobre este evento da Vejinha.
Você vai aprender um pouco mais sobre vinhos, azeites, queijos, chás, pimentas, etc e ainda fazer algumas coisinhas com chefs franceses. Nós estaremos lá !

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Há 5 comentários

  1. Eu sou do contra, logo sou mais lado B 🙂
    Adorei o uso das especiarias. Mais uma ideia para usar as que tenho aqui disponíveis. Adorei os frasquinhos onde elas estão guardadas!
    A comida tem uma aparência óptima!
    O teu garam masala fica meio inteiro, né? Deve ser ainda melhor assim do que em pó 🙂

  2. Oi Edu!! Adorei que você falou da Paola Tedeschi… o filho dela, o Chico, é nosso amigão aqui em Rib. Preto e já a encontrei umas vezes na casa dele, a Paola é uma mulher guerreira, já passou por muito na vida, ainda passa, mas é super astral e muito competente. É uma família de gourmets (para nossa sorte aqui!). Abração,

  3. Ameixa, não precisa nem falar.
    E eu mostrei o Garam justamente pra você usar as especiarias. Faça este frango pois fica muito bom e macio! Ele ficou mais inteirão porque deste jeito, fica mais fácil de sentir os aromas de cada uma das especiarias.

    Luciana, a Paola é uma grande pessoa. E a aula dela foi muito boa.
    Ela vai ministrar a aula-degustação sobre azeites deste evento que estou citando no final do post, o Grandes Chefes. Quem ainda não a conhce, deveria ir. É na semana que vem no Jockey Club !

    Abs a todas.

  4. Hummmmmmmmmmmmm eu tenho garam masala original que meu marido trouxe da India… tenho feito muitas coisas com ele, mas frango ainda não tinha experimentado, adorei… Quero fazer este nhoque, mas para não ter erro, me diga uma coisa, a medida que usou para o leite é de 240ml? Obrigada!!! Bjs!

  5. Cris, todas as receitas estão em xícaras. Acho que pra manter a proporção! Você vai perceber se tem um pouco a mais pois a massa não pode ficar muito líquida. Parece com uma polenta !
    Quanto a este frango, faça deste jeito. Com as especiarias não muito moídas e com o peito bem grosso, pra depois cortá-lo ao meio. Fica macio e cheiroso demais.

    Abs.

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