18/02/2020
Septième Jour – França – Bordeaux – É vin pra tudo o que é lado: Cité, Mouton Rothschild e Bel-Air Marquis d’Aligre.
O dia amanheceu radiante.
Um solão daqueles e prometia muito.
Mesmo porque iríamos pruma das regiões de vinhos mais famosas do mundo.
Iniciamos tomando um lauto café da manhã …
… no próprio hotel e …
… aproveitando pra curtir …
… os seus ambientes.
Sem contar que toda a área externa dele …
… é mesmo uma belezura.
Como era no caminho e …
… um pouco antes de passarmos pelo centro de Bordeaux …
… fomos conhecer o La Meca.
Ele é um centro cultural que foi …
… inaugurado há pouco tempo e …
… o seu prédio é um belo exemplo …
… duma arquitetura arrojada.
Só o vão dele, …
… que te propicia “altas” vistas da cidade …
… já valeria a visita.
Mas a sua parte interna não fica atrás.
Lindo!
Passamos pelo Espelho D’Água e …
… fomos pra Cité du Vin.
Eis outra construção simplesmente maravilhosa.
E não tem como não ser atraído por ela assim que a vê.
Dizem que os arquitetos que a projetaram, queriam criar uma espécie de Guggenheim.
Acredito que conseguiram.
O seu formato todo arredondado remete ao movimento que o vinho faz quando você o despeja numa taça.
Poético, né?
A entrada é bem impactante.
No térreo ficam tanto uma enoteca, …
… quanto a loja, que também é uma belezura.
A exposição propriamente fica no segundo andar.
E é um prato cheio, …
… tanto pra quem conhece vinhos, …
… como pra quem está engatinhando no ramo.
São várias estações, …
… a grande maioria interativas e …
… que explicam didaticamente tudo referente ao mundo de Baco.
Logo na entrada, vídeos mostram as regiões produtoras …
… mais famosas do mundo.
Em seguida, …
… você fica sabendo tudo …
… sobre a história do vinho.
A partir daí é um desfilar sem fim …
… sobre odores, …
… (esta seção é incrível, …
… porque você consegue identificar todos os pretensos cheiros do vinho) …
… sobre cores, …
… sobre harmonizações , …
… sobre as regiões francesas, …
… sobre garrafas, …
… enfim, nada escapa, inclusive, a gastronomia.
A interatividade é total e …
… eles usam todos os recursos possíveis …
… pra que você fique horas se divertindo.
Pra culminar, o ingresso dá direito a experimentar uma taça de vinho …
… que você escolhe e …
… no oitavo andar do prédio …
… onde se tem uma das melhores vistas …
… de toda Bordeaux.
Simplesmente imperdível!
Ali ao lado, fica o Halles de Bacalan.
Ele é um daqueles mercados onde …
… são encontrados produtos de qualidade e …
… boxes com comidas de vários lugares do mundo.
Aproveitamos, mesmo porque era hora do almoço, …
… pra comprar uns pedaços de pizza e …
… rumamos pra Pauillac.
O trajeto até lá é muito bonito.
Passamos por Châteaus famosos, …
… outros também, …
… cidadezinhas bacanas e …
… finalmente chegamos ao renomado Mouton Rothschild.
Faríamos um tour por lá (faça a reserva. É imprescindível).
Não preciso nem dizer que tudo é muito clássico e …
… pomposo.
O grupo era pequeno e …
… aproveitamos pra explorar bastante o passeio.
Tudo bem que a explicação era quase que aquela manjada …
… que a Re sempre fala pra gente (suco, fermentação, blá, blá, blá). 😉
Vimos as videiras centenárias, …
… os barris de carvalho onde …
… “as crianças” ficam descansando por um bom tempo.
Um dos pontos altos e …
… que infelizmente não deixam tirar fotos …
… é o museu da coleção particular de obras de arte …
… dos proprietários.
Outro é o pequeno museu onde eles mostram preciosidades.
O barão Philippe há muito tempo teve a ideia de convidar grandes artistas pra fazer rótulos de seus vinhos.
E isto se transformou numa tradição.
Já fizeram este trabalho gênios como Picasso, Dali, Anish Kapoor, Jeff Kooms, etc.
Uma pena também não poder fotografar, porque …
… além de ver os rótulos originais, …
… eles também mostram quase que um makeoff de como e porque estes artistas …
… chegaram ao marcante resultado final.
Claro que haveria uma degustação final.
E foi ótima.
Experimentamos 3 vinhos, …
… todos muito bons, …
… mas não nos encantaram.
É, vinho é muito pessoal. 😂
Continuamos o nosso tour, …
… rodando pela região.
Tinha anotado alguns Châteaus que tinham um arquitetura …
… marcante e passamos neles.
O Pédesclaux, …
… com a sua sede envidraçada era um deles.
Assim como o Pichon Baron …
… que nos proporcionou …
… ver onde realmente termina um arco íris.
O Château Margaux vimos de muuuuito longe.
O dia estava quase terminando, …
… quando lembrei de uma dica dum grande amigo, o Luiz Horta.
Ele nos disse pra tentar passar no Château Bel-Air Marquis d’Aligre …
… onde o proprietário, o Jean Pierre Boyer …
… faz um dos melhores Bordeaux que ele já tomou.
Chegamos lá perto das 18:00hs, sem muita esperança de encontrar algo aberto.
Paramos na frente da propriedade e qual não foi a nossa surpresa ao ver o próprio Jean Pierre fechando a porta?
Sabia de antemão que ele não fala nada de inglês.
Somando-se ao nosso parco francês, a chance de algum diálogo seria impossível.
Aí surgiu o acaso com o nome de Luiz, um português que trabalha com ele. E pronto!
Falamos que viemos do Brasil por indicação do Horta, abriu um sorriso e nos levou pra conhecer onde ele faz a mágica.
E foi incrível, …
… porque o negócio todo é raiz mesmo.
Foi muito divertido!
Retornamos felizes pro hotel e …
… o tramonto colaborou muito, …
… mas muito mesmo.
Como não podíamos parar, …
… reservei um jantar no restaurante da Cité du Vin.
O Le 7 fica no sétimo andar (ops) e …
…a vista de Bordeaux iluminada é mesmo incrível.
Tomamos taças de branco e tinto pra acompanhar a comida.
A Dé Halibutou de novo e …
…eu, cordeirei.
Tudo ótimo e só nos restou …
… curtir o belíssimo e …
… iluminado caminho de volta pro hotel.
Uau, foi mais um daqueles dias inesquecíveis.
Au revoir.
Veja os outros dias desta verdadeira epopeia francesa pré-pandêmica:
premier jour – França – Paris – Bordeaux/Cognac com escala em Versailles.
deuxième jour – França – Cognac – Conhecendo as pequenas cidades próximas e degustando o legítimo conhaque.
troisième jour – França – Cognac – Destilando a cidade em todas as formas.
quatrième jour -França – Uma jornada erótica de Cognac à Ile de Ré, passando por La Rochelle.
cinquiéme jour – França – Indo à frente na Ile de Ré.
sexième jour – França – Ile de Ré/Bordeaux com pit stop no Chateau Gruaud Larose.
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