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dcpv – da cachaça pro vinho – haku! pachamama! glu glu!

vem meu amor, vem fazer glu glu…
número 235 27/10/09

Haku! Pachamama! Glu glu!

Só o fato de termos (eu e a Dé) viajado ao Peru já seria um bom motivo pra fazer uma noite com receitas de lá.

E ter feito um curso de culinária em Lima, com direito a visita ao Mercado de Surquillo com degustações de várias frutas amazônicas e andinas só confirmaria o óbvio.

Ajudou bastante ter uma dívida com a Adriana, a Drix, que me mandou um montão de receitas peruaníssimas da “chema”.

Tudo isso junto conspirou pra que o dcpv se transformasse num legítimo representante da culinária inca: Pisco Sour, Causas de Patatas, Ceviche ( Seviche, Cebiche, Sebiche ???), Lomo Saltado e Suspiro Limeño.

Clichê demais? Sim, mas ao mesmo tempo, gostoso demais!

Adelante! Que venga a noite peruana no dcpv.

1 – Bebida – Pisco Sour.

Este é fácil de fazer. É só misturar na coqueteleira (ou no liquidificaddor): 2 taças de um bom Pisco, 1/2 taça de açúcar, 1/2 taça de suco de limão, 1 clara de ovo (sim, clara do zoiudo!) e gelo a gosto.

Pronto! Coloque num belo copo e finalize com algumas gotas de angostura. E dê vivas a Pachamama (a mãe Terra).

2 – Entradas – Causas e Ceviche.

Vamos primeira as causas (calma advogados! Nada a ver com vocês!) que são purês de batatas (lá no Peru são mais de 2000 tipos) misturados a aji amarelo, um pouco de azeite, limão e com consistência de uma massa de nhoque.

Faça também um recheio da sua preferência. No meu caso, de camarão cozido, cebola crua, azeitonas verdes picadas, 1 ovo cozido picado e salsa.

Aí é só montar num aro e na seguinte ordem: purê – abacate – recheio – purê .

Lindo, não?
E também fiz o recheio com linguiça moída já que Re estava por aqui e ela não gosta de camarão (pode?).

Já o ceviche, aprendemos a fazer com o chef do restaurante Señorio de Sulco.
Compre o peixe branco mais fresco que encontrar (usei um linguado). Corte em cubos e salgue bastante com sal marinho. Deixe descansar.

Corte cebola roxa em fatias e deixe de molho na água.

Pegue um bowl e coloque o peixe, a cebola (sem a água) e esprema limão fresco (é importante espremer o limão na hora pois senão a oxidação dele pode estragar tudo). Acrescente um pouco de coentro fresco, ajis amarelo e vermelho (ou pimenta dedo-de-moça), um pouco da água da cebola, um pouco de caldo de peixe e aguarde uns 3 minutos.

Pronto, o ceviche mais fresco que você jamais comeu. Uma delícia!
E não se esqueça que o líquido formado pela junção de todos os sucos é o famoso leite de tigre que é, comprovadamente, afrodisíaco!

Acompanhamos com um vinho branco Sauvignon Blanc Semillon Cape Mentelle 2008 Austrália que foi “limão cravo, pachamama, best smell, olha a cabeleira do Zezé”ou seja, perfeito.

3  – Principal – Lomo Saltado.

Este também é muito típico. Em cada canto do Peru se encontra um belo lomo saltado. E é uma consequencia da influencia da culinária chinesa, a tal chifa .
Numa wok bem quente, coloque azeite e frite uma boa carne em tiras (use filé mignon).

Reserve a carne e refogue cebola roxa em pedaços, 2 dentes de alho inteiros, um pouco de gengibre picado fino e 1 pimenta dedo-de-moça cortada fina e sem sementes. Retorne com a carne e junte tomates cortados em 6 ( longitudinalmente) com pele e sementes e tempere com shoyu.

Enquanto isso, frite batata em palitos e quando a carne estiver macia, adicione-as à wok.

Pronto! Sirva com arroz e deleite-se. O deus Inti (o Sol) surgirá na sua vida!

E já que falei em deuses, nada melhor do que um vinho tinto grego, o rosé Boutari Macedoine 2007 que foi “marrasquino, oia e veja, alexandresco, romãticõ”.

Nota – por um erro técnico, deletei as fotos do lomo que eu fiz. Pra quebrar o galho, usei as da nossa aula peruana.

4 – Sobremesa – Suspiro de Limeña.

Apesar do nome, o suspiro da receita é só de felicidade.
Um manjar é feito com 2 latas de creme de leite e 1 de leite condensado numa panela no fogo baixo. Mexa constantemente até obter a consistência dum creme espesso. Coloque baunilha à gosto (usei uma fava) e 6 gemas.

Deixe esfriar e coloque em taças.
Já o merengue da cobertura é feito com um copo de açúcar numa panela, coberto com vinho do Porto e cozinhado até o ponto de caramelo.

Bata 3 claras em neve (use as outras 2 que sobraram pra fazer Piscos Sour!!rsrs) e junte ao caramelo aos poucos até esfriar.
Finalize colocando este merengue sobre o manjar.

Aaaaaaaaaaaaaaiiiiiiiiii! Isto é verdadeiramente um suspiro!!
Veja a opinião dos baixinhos, cabeçudinhos e que falam peruano:

Pachamama! Siga rieto!! (Edu)
From Peru with love. (Mingão)
Delícia de surpresa. Ave Lima! (Déo)

Entonces, é isso! Nesta noite, tivemos um pouco da culinária peruana  que normalmente é acompanhada de um grande grau de civilidade e de hábitos históricos muito interessantes. Lá as refeições são sagradas e tidas como uma oportunidade imperdível pra reunião da família e de altas conversas entre amigos.

Ôpa, será que o dcpv é peruano?

Hasta.

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Há 5 comentários

  1. Ah, que eu ja salvei esse post pra copiar na cara dura esse jantar aqui em casa!!! Eu amo ceviches, adoro pisco souer e “me encanta” a culinaria peruana em geral. Vou refazer o jantar by DCPV ainda em dezembro :mrgreen: Fotos lindas, menu perfeito, casal Luz arrasou.

    P.S.: adorei o lance do “comprovadamente afrodisiaco” 😆

  2. Eu era capaz de me dar muito bem no Peru, adoro batatas 🙂
    Ao contrario da Re adoro camarão!!! Quem me dera ter oportunidade de provar esse menu legítimo do glu glu he he

  3. Mari, este é realmente um jantar copiável e melhor, apreciável.
    Ja o fizemos 3 vezes !! rsrs
    E também gostamos do “comprovadamente afrodisíaco”!! haha

    Adriana, é muito bom ter contato com a cultura peruana através da sua espetacular gastronomia, né?

    Ameixa, a batata é utilizada pra tudo por lá ( são mais de 2000 tipos!!).
    Fica mais um menu pra você experimentar quando vier passear aqui no Brasil e especialmente, na grande Ferraz de Vasconcelos!!

    Liliane, eu costumo utilizar uma máxima que é a seguinte: comida boa não engorda!! rsrs
    A Dé agradece pelo elogio as fotos.

    Abs a todos.

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