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dcpv – da cachaça pro vinho – 27º interblogs – nana do manga com pimenta

numero 253
04/05/10

dcpv – 27º interblogs – Nana do Manga com Pimenta

Este Inter Blogs (quer saber o que é?) começou como os outros.
Entrei em contato com a Nana que naquele tempo (26/01/09 ), tinha um blog chamado Manga com Pimenta. Hoje, este blog  se tornou um site (e dos bons) com ótimas informações e praticamente de utilidade pública.

Ela tinha combinado que faria um menu baseado nas receitas da Ofélia. A Nana, inclusive, sempre foi uma grande admiradora dela.

Só que neste intervalo de tempo, a Nana foi contatada pelo responsável pela utilização da marca “Ofélia” e ela decidiu parar as suas experiências particulares com as reproduções das receitas dessa saudosa culinarista.

Resultado: a Nana mudou o foco das receitas e foi melhor pra nós, pois num arroubo de criatividade, nos brindou com receitas das vovós.
Receitas simples, saborosas e que certamente entrariam em qualquer lista de memórias gastronômicas.
E tem mais. São receitas com sustância, aquelas que as vovós faziam e que comíamos muito. Mas muito mesmo e com vontade!

Portanto, é com enorme prazer que anuncio o 27º interblogss (e consequente capítulo do nosso livro) com a cozinha caseira das receitas de antigamente. Perceba ,no canto da foto, que tivemos presenças importantes!

Avanti, Nana!

PS – O texto que ela me mandou ficou tão legal que vou transcrevê-lo integralmente por aqui e me limitarei a comentar alguma coisa.
Estes comentários e tudo o que eu escrevi estarão grafados em vermelho.

Inciamos o jantar com um belo aquecimento: rabos de galo!

Não é comida de avó, mas muito vovô bebia! Vamos, então, à saborosa (literalmente) matéria da Nana:
Edu vamos lá, aproveitar que hoje a minha noite está calma. rs
Bem, entradas:
Eu pensei nas famosas batatinhas bolinhas de casamento, receita de família. É  colocar dois litros de água na panela para ferver. Normalmente eu uso 1 quilo de batatinha bolinha aqui em casa; dá para 4 pessoas comerem e serem felizes! (fiz exatamente igual! E fomos bastantes felizes)

Lavo as batatas, furo com a faca e coloco na água já fervendo. Sal é a gosto, mas eu coloco um bom punhado (não recomendável para quem tem pressão alta) (graças a Deus, ninguém tem pressão alta por  aqui!).
Depois adiciono o vinagre de vinho branco, se for usar medidas, em torno de 50 a 100 ml, mas vó que é vó coloca tudo no olho (até parece que eu sou avó. hahaha. Nem mãe eu sou ainda) (nem nós também. A Re disse que não estava nos planos imediatos dela. Muito menos nos da Dé. Ufa! rs). 

Mas vamos ser sinceros? Esse é o segredinho da vovó 🙂 Depois que as batatas estiverem cozidas, você pode adicionar aquelas cebolinhas pequenas e salsinha (eu facilitei um pouco e coloquei aquelas cebolinhas em conserva. Desculpe, vovós!).

Deixe cozinhando até as cebolas ficarem transparentes e coloque em um pote com tampa, espere esfriar e geladeira para o dia seguinte. Claro que vó sempre faz salada de alface, com tomate, ervilhas e palmitos para acompanhar as batatinhas (ou caso contrário, depende da clientela da sua casa) (ô, se fiz !).

Mas você pode servir também sem (cá pra nós, não dá pra servir umas temperadas batatas-bolinhas sem uma bela salada da Nona!
E o prato ficou lindo e gostoso. Todo mundo disse que pararia por aqui).

É claro que era mentira, pois a carne estava cheirando muito bem. Por que será que comida de vó cheira tão bem?
Vinho? A ocasião merecia um belo espumante. E italiano, pra corporativar o óbvio. Um Prosecco Carpenè Malvolti que foi “ fresquíssimo, ritapavonesco, pinnodonnaggiano, vittoriogassmeso” segundo os netinhos queridos da vovó, nós mesmos.

Agora, o  prato principal:
Eu tenho medo de errar na combinação, mas era isso que tinha na casa da avó, você terá que deixar o lado gourmet “xisque” de ser para outra blogueira ou blogueiro rs  (achamos muito original a tua indicação. Além de formar um menu, porque não dizer, chiquérrimo!)

r

Porque vó que é vó quer os netos bem alimentados. hahaha
Arroz de forno: faz o arroz do seu modo (até porque, eu fugi dessa aula no curso de gastronomia e eu não gosto de arroz, mas esse prato eu amo) (o arroz estava na geladeira e foi feito com antecedência pela Flora.)

Adiciona molho de tomate (vovó fazia assim:  refogava 1 cebola e 3 dentes de alhos, adicionava um pouco de água, cortava cinco tomates na metade, tirava os olhos do tomate, colocava na  panela, tampava e esperava 5 minutos. Tirava a pele, esmagava o tomate com o garfo, deixava ele cozinhando durante alguns minutos, adicionava um copo de água e colocava quatro colheres de sopa de extrato de tomate para o molho ficar bem vermelhinho (veja como o meu molho também ficou.)

Deixava cozinhando por dez minutos – mas quando ela não tinha paciência, era molho de tomate pronto mesmo), uma lata de ervilha, uma lata de milho, azeitonas e misturava (como não sou a vovó, coloquei uma bela lata de tomate pelado italiano no lugar de tudo isso!)

Como a salada já tem palmito, deixei de fora, mas ela colocava também. Depois colocava um pouco de arroz na travessa, queijo mussarela e presunto. Novamente arroz, queijo e presunto, até chegar na ultima camada de arroz, finalizando com queijo mussarela (só mudei o formato. pois fiz o arroz de forno em forminhas e finalizei com um pouco de Parmeggiano Reggiano).

Ia para o forno durante alguns minutos (eu deixo uns vinte minutos, sem pré-aquecer o forno) e servia (e acabei montando num formato até bacana, né não?) 

Carne Assada: esse também você fará na véspera, ela comprava uma peça inteira (acho que era colchão duro ou fraldinha, não lembro, mas é carne para assar) (lagarto na mão!), pegava papel alumínio, adicionava sal, alho picado e vinho tinto (aqueles tipo sangue de boi, também na quantidade que ela achava que estava bom, mas esse vou deixar para você combinar) (sem chance de usar Sangue de Boá por aqui!! rs).

Fechava o papel alumínio e deixava na geladeira para assar no dia seguinte. Uma coisa que ela fazia, mas falam que não é bom (bem, eu aprendi isso no curso), que é furar a carne e ela normalmente furava e colocava esse tempero nesses buracos da carne (essa eu segui e furei!! Me desculpem os puristas!).
Olha, eu nunca achei a carne dela ressecada (e esta também não ficou. Pelo contrário!).

No dia seguinte, ela pegava uma faca e furava ao meio da peça (em horizontal) e nesse furo ela colocava uma cenoura ou linguiça calabresa, sinceramente? (sinceramente? Coloquei a linguiça (opa!) e a carne ficou com uma cara de galantine).

Com linguiça calabresa fica mais gostoso (olha, ficou demais! Faça em casa!)
Outras vezes, nos buracos (que ela fazia no dia anterior), ela aprofundava mais e adicionava azeitonas sem caroço (esta eu não fiz. Ainda não consigo gostar muito de azeitona. É uma falha, eu sei!)

Ela assava primeiro a carne no papel alumínio fechado durante duas horas e depois abria o papel (não tirava para não sujar a forma), deixando a carne dourar durante meia hora a uma hora (sempre regando com o molho que a carne soltava) (e este molho além de ser uma delícia, é extremamente fotogênico. A Dé adorou. A fotogenia, claro.)

Veja que beleza!

E belo também foi o vinho tinto Elegance de Lesparre Bordeaux 2004 que disse “maresia, decadence avec…, vovó diet, rabodegalesco” aos netinhos que tomam vinho na mamadeira desde criancinhas.

Sobremesa: Sagu com vinho

Bem, nada de anormal, mas como você usou vinho (Sangue de Boi rs) na carne, aproveita o vinho para fazer sagu (não usei o Sangue de Boá mesmo!! rs).
A receita é uma 1 xícara de sagu, 4 xícaras de água, 3 xícaras de vinho tinto, 1 xícara de açúcar, 1 pau de canela e 4 cravos da índia. Você vai colocar a água para ferver em uma panela, quando estiver fervendo, coloque o sagu e cozinhe em fogo baixo (normalmente é 30 min). Mexer sempre para não grudar no fundo da panela (tem que tomar cuidado pro sagu não grudar!).

Em outra panela, coloque o vinho, cravo e canela, ferva durante 10 minutos, despeje a mistura do vinho na panela de sagu e cozinhe até as bolinhas ficarem transparentes (sempre mexendo). Veja se não precisará de mais água, caso sim, coloque água fervente também para não quebrar o cozimento do doce. Quando estiver cozido, acrescente o açúcar, ferva por um minuto, retire do fogo, deixe esfriar e coloque na geladeira (cuidado. Não se esqueça que sagu é … sagu! rs).

Faça também no dia anterior desse banquete, já que esse doce é muitoooo bom no dia seguinte bem gelado (essa eu falhei. Fiz no mesmo dia, mas ficou gostoso demais).

Meu Deus, senti que esse banquete será hiper kitsch, então já sabem, a decoração tem que ser super carregada hahaha com direito a jarra de suco em formatos de frutas. (Nana, não foi não. A Dé repaginou tudo e deixou a mesa com cara daquelas vovós bem modernosas!! rs)

Ahhh um suco de abacaxi vai bem né?  (Até iria, mas optamos por beber vinho até o final desta agradabílissima noite.)

Para completar o circulo kitsch total rs (e fica uma reflexão. O que é exatamente kitsch? O que é comida confortável? O que é comida com memória?)

 

Espero que gostem, por favor, veja se existe dúvida. (Nana, não só gostamos, como além disso curtimos muito o envolvimento, pois conversamos muito sobre os sabores de antigamente e como as pessoas ganhavam em qualidade de vida ao se sentarem e comerem tranquilamente sem nenhuma traquitana eletrônica pra atrapalhar.)

Já que é comidinha de vó e nem os livros antigos tem as quantidades são exatas (é isto mesmo: a comida inexata das vovós tem uma exatidão. A de nos deixar sempre pensando em como seria bom ter aquele tempo que não volta mais, de volta.  E nesta noite, Nana, além de uma big refeição, você nos fez voltar a tempos de outrora! Coloca o LP (?!)do Francisco Petrônio na vitrola).

Gratíssimo mais uma vez e seguem as nossas flores virtuais que só poderiam ser rosas vermelhas. 

Ah! A opinião dos netinhos mimados:
Comida saborosa e com lembranças. Ma che Ofélia, que nada! (Edu)
O importante é que emoções eu vivi. (Mingão)
Lembranças revividas, deliciosamente. (Déo) 

Bjss (pra você também).

NanaManga com Pimenta.

PS – Os Inter Blogs continuam no final de maio com o menu praiano da Débora e do Fernando do Brincando de Chef. Eles irão degustá-lo ao vivo, em cores e na areia do dcpv, aqui em Ferraz de Vasconcelos.

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Há 36 comentários

  1. O termo kitsch, dizem os estudiosos, surgiu na segunda metade do século XIX, na Alemanha, e teria vindo de palavras do alemão (que claro não saberia reproduzir aqui e não tenho como consultar meu Dicionário de Ciências Sociais agora) com significados ligados à idéia de falsificação (fazer objetos novos de velhos) e trapaça (no sentido de vender outra coisa no lugar do combinado). Isso, claro, foi suficiente para dar ao kitsch um sentido pejorativo. É interessante também registrar outras “teorias” sobre a origem da palavra… Sketch (esboço), do inglês, ou a inversão do chic, no francês.

    Muitos são os textos, de teóricos de diferentes áreas, que falam do kitsch. Mas resumindo (não quero tirar o recorde da Sueli de texto mais longo …rs) acredito que poderíamos pensar em algumas características para definir o kitsch: imitação, exagero, ocupação do espaço errado, perda da função original… Mas o certo é que no senso comum, à palavra kitsch associa-se o brega.

    Exagero no menu do 27º Inter blogs? Só se for de sabor… Ocupação do espaço errado? Pra mim, só o milho no molho de tomate (adoro milho cozido com muito sal, com a espiga espetada em dois “milhozinhos”… utensílio bem kitsch… ops… mas não gosto de milho na comida). Perda da função original? Claro! Tudo o que foi preparado deveria ter como função apenas alimentar os confrades e não deixar a todos morrendo de inveja… Mas isso não é suficiente para fazer daquele jantar algo kitsch.

    Pra terminar… Pra mim, brega, brega mesmo, é achar que comida chic não pode ser aquela que imita as que preparavam nossas avós e eram servidas em porções generosas. Eu adoro o que chamamos na minha família de “comida de casamento”: arroz, pernil, farofa e maionese de batata… E quanto ao arroz de forno… Dele já até falei aqui no DCPV… Minha mãe tirando a travessa do forno, segurando com um pano de prato e avisando: vão logo para a mesa… com cuidado, pois está pelando!

    Adorei esse Inter Blogs… Só trocaria a sobremesa por charlote… para ser fiel à minha mãe…

    Abraços!

    1. tenho interesse em apetecer e encher a boca de água dos teus seguidores com um cardápio maravilhoso…. visite meu tabalho no Mirepoix e quem sabe podemos desenvolver um cardápio tão bom quanto todos esses apresentados. parabens pela ideia.

  2. Edu,
    adorei ver o menu da Nana por aqui!!!! Bem com cara de casa de vó mesmo!!!!
    Senti até o perfume lá da cozinha!
    O sagu foi o fecho perfeito, eu particularmente não curto, mas minha avó fazia muuuuito e eu acho lindo!
    Um beijo grande para a Nana e outro para vocês!

  3. Edu!!!
    Cada vez mais eu penso que as vovós vieram todas do mesmo cantinho especial!!!!!
    Com exceção do arroz de forno, todos os outros pratos são feitos pela minha vó também e ainda tenho a vantagem de morar com ela!!!
    Acrescentaria ai uma outra coisa que ela faz, que até hoje nos meus momentos nostálgicos ainda peço, para matar a saudade… Ovo cozido, beeeeem mole, tipo ovo pochê… que ela tira cuidadosamente com uma colherzinha de café de dentro da casquinha ….. ai ai que delícia!!!!!

    Seu blog está a cada dia que passa, mais lindo!!!
    Bjos

  4. Como a Adriana levantou a bola: o termo em alemão seria kitschen/verkitschen.
    Combina, e bem, com as propriedades “organolepticas” registradas pelos confrades para os prazeres do regabofe (ops)….que coisa mais kitsh…(risos).
    Fiquei com as vistas saciadas. Mais um belo encontro. Daqueles de acalmar a alma. Adorei tambem o “ovo” quentinho da avó da Carol. E, charlote, seria uma torta gelada? Será que na casa da minha mae essa charlote se chamava pave de bolacha champagne? Fiquei pensando que memøria de comida de avó teria eu? Berinjela recheada. Foi a primeira coisa que me veio. Vou respeitar essa minha memória sem nem brigar com ela.
    Ah, edu, eu estava curioso desde o final de semana para saber o que era a foto que voce antecipara. Era o sagu. Nao consegui advinhar. Mas gostei do jogo de antecipaçao (a comida da vovó e a pista da foto antecipando o IB). abs,eymard

    1. Eymard, tudo bem?

      Para cumprir o prometido ao Edu, respondo aqui…

      Charlote pode ser sim o pave de bolacha champagne. É um doce em três camadas. A primeira amarela (acho que é de leite condensado com gema), a segunda, de biscoito champagne banhado em calda de chocolate, e a terceira um creme branco (que deve usar as claras que não foram usadas no creme amarelo). Deve ficar no congelador, o que pode ser um problema hoje, ja que ele foi substituido pelo freezer. No freezer fica muito duro e na geladeira, muito mole. Foi o doce de minha infância.

      Abraços,

      Adriana

      Ah! Você “cortou” direitinho… kitschen e verkitschen são as palavras a que me referi.

      Edu, viu como sei a diferença entre clara e gema? Mas continuo não sabendo quebrar o ovo. Muito menos separar clara de gema!

  5. Não tenho muita recordação da comida da minha avó e ela até tinha forno de lenha. Lembro-me que cozinhava super bem mas as minhas avós morreram quando eu era criança, nem deu tempo de eu aprender a cozinhar com elas. Só me lembro do maravilhoso pão que uma das minhas avós fazia 🙂 Estas receitinhas têm uma cara deliciosa!

  6. Voces são f….Só olhar a composição da mesa,copos e talheres ,que a água começa a escorrer pelo cantinho da boca.Tri legal.
    Parabens
    Juca

  7. Comida de vó é sempre muito boa…a junção de temperos que sem medida vai no olhômetro e sempre carrega um pouquinho mais eita saudade…
    Arrasou Nana…parabéns!!!
    Bjinhus

  8. EDU,

    Que maravilha!!!!!!!!!!!!!!!!! Mesmo não sendo (a) Clode…
    Tudo bem carinha de mãe, pois no tempo da minha vovó não se usava petit pois e muito menos milho na comida. Eu adoro milho cozido, de todo jeito, inclusive como a Adrina falou: quentinho, espetadinho nos palitinhos – tem uns que são charmozérrimos – borrocado com muita manteiga, salgadinho…
    Mas um creminho de milho! O creminho de milho que eu fazia para os meus filhos e pelo qual meus netinhos são apaixonados e dizem que ninguém sabe fazer… para acompanhar filézinho de frango à milanesa… é de doer!
    Essa carninha assada, recheada de linguiça, é igualzinha da mamãe, só que ela faz na panela, fica linda e dourada!
    Vou provocar um pouquinho, pois gosto de movimentar, e discordar dos meus queridos Adriana e Eymard. Acho que nesse assunto eu posso meter a minha velha e experiente colher! Charlotte é uma coisa, Pavê é outra. Até podem chamar o que vocês definiram acima como charlotte, mas não é , é pavê, e ponto. Pavê dos bons, um de meus doces preferidos, não gosto de doce muito doce, mas é pavê e não charlotte.
    A Charlotte começa a ser charlotte na forma. Ela é montada em uma vasilha alta (forma própria para charlotte, que tem esse nome, ou pirex fundo, redondo, ou ainda aquelas formas da Tupperware, cheia de gominhos, onde os biscoitos champagne se encaixam perfeitamente)e tem duas versões: a quente, que é meio que um pudim – uma crosta amanteigada de pão com recheio doce e úmido de frutas – criado por um chef, na Inglaterra, no reinado de George III e que tem o nome de sua esposa, a rainha Charlotte.
    A versão fria, a charlotte russa, foi uma inspiração de Carême, o famoso patissier francês do czar russo Alexandre, que é uma requintada sobremesa feita com um creme espesso e forrado com biscoitos champagne ou palitos à la reine. Essa sobremesa, normalmente, é desenformada.
    Isso tudo é no sentido mais purista da coisa, o que não impede que chamemos de charlotte outras coisas, que não são na verdade charlotte.Retirei as informações técnicas do livro Todas as Técnicas Culinárias Le Cordon Bleu.
    Beijos

  9. Sueli,
    essa sua charlotte parece boa demais! Mas, a minha, é mesmo igualzinha a da Adriana. Podemos reinventar o nome? E minha mae ainda a faz ate hoje, todas as vezes que resolvo dar um pulinho ate as minas gerais.
    Afinal, se Guimaraes Rosa é mineiro, porque nao podemos chamar a nossa pave de Charlotte??
    Podemos, inclusive, fazer as duas receitas para experimentar… Essa, com recheio de frutas, tambem se fazia em casa. Ficava mais com cara de sorvete (cortavam-se as fatias que ficavam coloridas).

  10. Adorei o vó que é vó coloca tudo no olho. As minhas eram assim, e quase enlouquecia quando tentava fazer as suas receitas; telefonava desesperada para serem mais precisas, já que as receitas só tinham os ingredientes. O pior era que a resposta era sempre: “depende”. Bem, depois perdi o medo e adotei o método do ensaio e erro.

  11. Eymard, tenho as duas receitas, podemos testar.
    Cláudia, eu sei bem o que é isso de não ter medida para as coisas. São as que saem melhor, e depois a gente até esquece como fez.

  12. hahaha me diverti com a postagem e com os comentários.
    Em casa todos são maníacos por milho, sempre ia em tudo.
    Além do sagu, a minha outra avó fazia uma torta de abacaxi gelada que minha mãe e tia ficam lembrando a infância quando fazem.
    Tem tb o pudim de pão, esse era um prato diário como dizia a mamãe e o pão não era triturado e sim, ensopado e colocado inteiro nos ingredientes, ela apenas misturava com as próprias mãos e forno.
    Infelizmente não curto pudim de pão 😛
    Bjss e obrigada mais uma vez.

  13. Eymard, acho que Sueli deveria testar suas duas receitas quando eu estiver em Brasília! :- ) Brincadeira, Sueli! Aqui em casa também se substituia a calda de chocolate com pedaços de pêssego ou abacaxi em calda.. Delicioso também…

    Edu, nhoque mexicano não sei, mas me deu uma ótima idéia. Vou substituir a pimenta malagueta por aji e preparar para o Carlos, dizendo que esse será o prato “síntese” de nossa relação: queijo canastra curado e aji.. Nhoque minerano :- )

    Abraços,

    Adriana

  14. A Nana mandou muito bem, fiquei aqui morrendo de vontade de ir pro fogão, não provei muito da comida das minhas avós, mas minha mãe fazia tudo isso ficar uma delicia, eu ainda to aprendendo.

  15. ADRIANA E EYMARD

    Vamos às Charlottes!

    ADRIANA

    Saquei, mas não entendi o lance do nhoque com o Edu.
    Traduz pra mim!
    bjks

  16. ADRIANA

    Eu de novo. Já traduzi o lance do nhoque, era o que eu estava pensando mesmo. Mas e o Eymard, fez o trupico?
    Trupico de entrada e Charlotte de sobremesa, só falta o prato principal, hein?

  17. Adriana, você ficou longe do recorde da Sueli que são exatas 68 linhas!! 🙂
    Acho que você deveria, ao menos, ter procurado o dicionário.
    E o milho não ocupou um espaço errado: pelo contrário, nós todos somos milhólogos por aqui!! rs

    Débora, está mais do que aceito. Faremos o de junho/2011.
    Entrarei em contato através de e-mail.
    Vamos fazer todo mundo babar!! rsrs
    Ah! Vou linkar o Mirepoix por aqui, certo?

    Verena, foi tudo muito bom mesmo.
    Assim como será o seu IB, o de julho! Tá chegando…

    Carol, é isto mesmo.
    E você ainda aproveita da comida da vovó até hoje? Que beleza!
    Não se esqueça que você também está na lista: dezembro/2010.

    Débora, nosso próximo IB junto com o Fernando, ainda bem que estão animados já que a semana que vem jantaremos todos juntos por aqui! É o primeiro IB ao vivo!!
    Vou ver descolo uma transmissão ao vivo!!

    Eymard, sabia que você não deixaria passar em branco a complementação da explicação sobre o kitsch (quase um tratado) que a Adriana fez.
    E parabéns pela leitura da foto. Sempre coloco alguma pista sobre o próximo post!

    Adriana, você, além de ter evoluído enormemente no quesito gastronômico ( 🙂 ), ainda vai se tornar célebre como passadora de receitas. Trupico e pseudocharlote (segundo a Sueli)!!

    Ameixa, vovós sempre deixam uma boa lembrança. Não importa quanto tempo ficamos (fisicamente) com elas.

    Jesus, sem blasfêmias!! 🙂 Gratíssimo e sem babar, por favor!

    Rose, sabe que foi bem legal fazer as receitas no olho.
    A Nana arrasou mesmo.

    Sueli, nossa recordista, o menu é referente a avó da Nana! rsrs
    Quanto ao creme de milho, estou com você. Até hoje comemos esta delícia e acompanhado de filé de frango a milanesa. Semanalmente!
    Gostei da provocação. E mais ainda da explicação.
    Este blog está cada vez mais chique com direito a Cordon Bleu e tudo o mais.
    Santé!

    Eymard, que tal chavê? É mais bonito que parlotte!!

    Claudia, a minha avó italiana, a Fiorina, fazia tudo no olhaço. E uma coisa melhor do que a outra.

    Sueli, quando forem testar, nos avisem.

    Nana, nós também nos divertimos muito.
    Foi o maior prazer comer tudo o que você nos indicou e melhor ainda, iniciar uma bela discussão sobre estas pessoas tão queridas nas nossas vidas: as avós.
    Valeu e o muito obrigado também é nosso.

    Fabiana, olhe que na verdade não consegui passar metade do que foi o jantar.

    Adriana, mais uma receita e com variação. Deste jeito você irá se matricular num curso de gastronomia!! rsrs

    Sandra, sempre aprendemos. Ainda mais com especialistas como mães e avós!

    Luciana, também somos fãs da Nana.
    E estamos aguardando. Agosto está aí!

    Sueli, pelo menos nos envie uns pedacinhos!
    A pergunta ao Eymard perdura: como foi o trupico? rs

    Escritório, já entrei em comunicação.

    Abs a todos pois hoje é dia de menu dos deuses!! 🙂

  18. Edu,
    esta ficando cada vez mais dificil manter as suas sempre e tao gentis respostas um a um aos comentarios….voce, logo, logo, vai bater o record do record…(risos).
    Ainda nao fiz o trupico. Nao consegui um bom queijo canastra curado, como eu gostaria e o momento merece. A pimenta, ja tenho.
    Gostei do chavé!! O charlotte-pave do DCPV.
    Agora IB ao vivo; ao vivo mesmo? Aguardo ansiosamente…
    Sueli, de prato principal, que tal o filezinho de frango com creme de milho? Ah, é verdade, Adriana gosta do milho cozido. Mas acho que ela abre uma exceçao…
    (Sueli prometeu ensinar-me a fazer um figo, que, segundo ela, até eu “seria capaz de fazer” e surpreender em casa….nunca me mandou a receita!!!)

  19. EDU

    Você pode me provocar o quanto quiser, eu já extrapolei mesmo, agora não tem mais jeito! Acho que se eu tivesse revisto o texto… Ha, Ha, Ha, teria publicado assim mesmo! E já falei que a coisa teria ido longe se eu tivesse pensado mais um pouquinho e lembrado de tudo. Vichi! Tem que cortar as asas desses abusados!
    Arroz branquinho, quentinho e fresquinho; filézinho de frango empanado; creminho de milho, que eu duvido que a Adrina não vá gostar. Ai, que responsa! Huuuuuuuuuuuuuuum! Saladinha baby de entrada, acompanhada de uns trupicos – aqui é bom ficar bem claro, que esses trupicos serão preparados pela Adriana, essas coisas assim tão pessoais, só dão certo quando feitas pela nossa lembrança e essa lembrança só a Adriana tem; a sobremesa eu sugiro o doce figo, feito pelo Eymard. Esse eu duvido que alguém seja incapaz de fazer. E olha que o bicho é bom!
    Não estou fugindo da Charlotte, não. É que acho que esse docinho, acompanhado daquele mesmo queijinho da entradinha, tem tudo a ver com o cardápio. Nossa, tô babando!

  20. Edu, há muito você tenta e é gentil permitindo minha participação no blog, mas só aos poucos fui me soltando no que diz respeito aos comentários gastronômicos… Daí, chegar a postar “receitas” foi um pulo! Já o “trupico minerano”… Tenho que fazer alguma coisa, afinal a ex sabia fazer ceviche e ají de gallina! :- )

    Se com relação aos cães tivemos quase unanimidade, pelo jeito só eu não gosto de milho (só o cozido na espiga, repito, que eu adoro com muito sal). Mas pelo jeito vou ter que me render ao creme de milho da Sueli…

    Sueli, acho arriscado deixar o trupico por minha conta. Para ter noção do tanto que cozinho, um dia uma amiga veio fazer um jantar em minha casa. Passou a lista do que deveria comprar. Ao chegar aqui pediu o óleo. Minha resposta? Não tinha óleo na lista! Ou seja, até aquilo que é básico na cozinha eu não tenho. No lugar do exaustor tenho quadros comprados na loja de postais em frente ao George Pompidou. Mas o queijo canastra curado para o doce de figo (que eu adoro!) e para o trupico eu levo! Comprado no Mercado Central… por minha mãe, claro… Ah! Adoro o filet de frango empanado.

    Amanhã vou ligar para o Ministério da Saúde e antecipar a data da pesquisa :- )

    Abraços!

    Eymard, vou querer um e-mail contanto com detalhes o fim-de-semana em SP.

  21. Adriana,

    vc precisa me mandar um e-mail com o seu endereço para o cartao postal de SP. Depois relato por e-mail os detalhes que o postal nao conseguira registrar.
    Ja recebi da Sueli a receita do doce de figo…Olha, ela diz que é facil…imagino uma receita dificil. Mas prometo me esforçar para ficar a altura do queijo da canastra.

  22. ADRIANA

    Isso aqui está ficando cada vez melhor e cheio de revelações. Adriana, não dá para sermos bons em tudo, sua cota já está esgotada, deixa estar como está.
    Você acha melhor deixar os trupicos por conta do Eymard? Com a sua assessoria, claro! Trupico não é bom se é feito na hora?
    Acho que nós vamos é fazer uma bela bagunça na minha cozinha!Quanto ao creme de milho, prometo um purezinho de batata, em caso da coisa não dar muito certo.
    Estou ansiosa com esse fim de semana em São Paulo, e com a sua vinda também.
    Aguardamos a data.
    Beijos

  23. Edu,
    Fantastico, parece que estou almocando domingo no clube. Adoro sagu. Faz tempo que nao escrevo, mas todo santo dia quando vou cortar legumes lembro que voce indicou uma faca maravilhosa para isso, em vez de comprar continuo na idade da pedra, que treva, rsrs. Hei de evoluir, abracos.

  24. Todos comeram lembranças, mas esqueceram do detalhe mais brega, ops… kitsch, o FRANCISCO PETRÔNIO NA VITROLA! Essa foi demais!
    Edu, mais uma vez, o texto EduNana e as fotos da Dé me empaturraram de alegria
    Um grande abraço

  25. Eymard, ao recorde, então!! 🙂
    O IB é ao vivo. A Débora e o Fernando virão aqui em casa, na grande Ferraz de Vasconcelos! Só que a transmissão ainda não será ao vivo pois os equipamentos de 3D ainda não chegaram!! rsrs
    E vou aguardar este jantar literário que vocês farão em Brasília. Uma coisa é certa: será o maior post de todos os tempos! Imaginem Sueli, Adriana e Eymard juntinhos!!

    Sueli, não estou provocando. É que estou pensando em colocar fotos no teu próximo comentário pois assim ficaria bem parecido com um post!! Ahaha
    Brincadeira, continuem, vocês todos nos brindando com este comentários tão interessantes!!
    E vou cobrar uma cobertura tripla sobre este jantar aqui no DCPV, heim??

    Adriana, estamos pertíssimo do teu menu-especial aqui no DCPV. Você precisa não esquecer do óleo!! rs

    Eymard, a descrição deste jantar, o de SP, será maior ainda que o de Brasília! Uau!!

    Sueli, também estamos.

    Sandra, pode aproveitar. A casa é sua! Ôpa, parece nome de programa do Ronnie Von! 🙂

    Liliane, como sempre, gratíssimo!

    Maria, a melhor guia e amiga de toda Milano, passou da hora de você comprar uma faca decente!
    Daqui há pouco, os legumes farão um revolta!! rs
    Volte sempre!!

    Simone: não entendi. Convidada exatamente proquê? Pra participar do IB ou pra vir jantar conosco? rs

    Mara, você sacou bem. E melhor, era um LP e como você mesma frisou, na vitrola! Alguém lembra o que era exatamente este eletrodoméstico??

    Abs breguíssimos pra todos.

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