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dcpv – da cachaça pro vinho – provence – treizième jour – a dura e pesada ida pra paris.

16/07/2010

dcpv – Provence – Treizième Jour – A dura e pesada  ida pra Paris.

Dia de compensações. Enquanto era o nosso último dia em Nice, seria também o nosso primeiro em Paris.

Ou seja, um pouco de tristeza e muita alegria.

Começamos aproveitando a bruma e dando uma boa andada pela Baie des Anges e pela Promenade des Anglais.

Fomos até Vieux Nice e aproveitamos pra tomar um belo café da manhã, vendo a montagem da feira-livre.

Mais um verdadeiro espetáculo de cores e sabores.

Aí foi voltar pro hotel, verificar o quão estranhas e atraentes são as praias niçoises e fazer a lição de casa.

Buscar a Re no hostel, entregar o carro (ligeiramente batido) na Europcar, nos despedirmos da Maria do GPS e fazer o checkin no aeroporto.

Tudo certo, menos que estouramos feio o peso das malas (7 garrafas de vinho, 5 azeites, um sem número de produtos derivados de lavanda e “n” sabonetes) e tivemos que pagar a maior grana pra Air France.

Conselho de amigo: ou faça um vôo com conexão (e utilize obrigatoriamente as regras brasileiras de duas malas de 32 kg por pessoa, ou compre o estritamente necessário pra não passar de 23 kg no único volume a que tem direito. Ou ainda tenha consciência que pagará 100 Euros por estouro. Buuuuum!).

Stress ultrapassado, restou-nos ganhar um tremendo almoço da Air France (um sanduba e uma água) pelo atraso do vôo e aquela dormida reparadora durante o próprio.
Chegamos em Paris e tivemos a plena certeza que foi um acerto dar uma paradinha por lá e melhor, num lugar onde se consegue definir  a sua prioridade.

A nossa seria reencontrar o Marais e turisticamente, ver como Paris é em pleno verão. O cumprimento desta missão ficaria pra amanhã.

Por hoje, sobraram:

1 – Conhecer o hotel Banke, uma belíssima dica da Lina do excelente Conexão Paris, que por estar em soft opening, tinha tarifas altamente vantajosas.

Afinal de contas, pagar 224 Euros de diária num quarto moderno, espaçoso e com sacadas geniais do Philippe Starck é uma verdadeira pechincha.

E o lugar é Starckiano ao extremo!

Demos uma breve passada pelas Galerias Lafayette (com tempo suficiente pra comprarmos a necessária mais uma mala) e fomos nos preparar pro jantar.

2 –  E seria no Jean (mais uma dica da Lina), que é bem próximo do hotel (ambos na região da Ópera).

O proprietário Jean-Frédéric Guidoni tem uma filosofia bastante interessante. Além de só utilizar os ingredientes mais frescos do mercado, ele não trabalha aos finais de semana (sábados e domingos) e na noite de sexta (ou seja, hoje),  faz menus-surpresa.

Escolhemos a fórmula mais simples, o menu du marché (entrada+prato+sobremesa) pra Re e pra Dé e um de 4 pratos pra mim.
O restaurante é bem bonitinho com a perfeita harmonização de tudo e com o ambiente extremamente agradável.

Logo de cara, uns amuses pra nos animar.

Entradinhas pra todos: um queijo de cabra com uma crosta crocante de pão pras meninas …

… e um sopona especial de legumes também crocantes e muito frescos pra mim.

Depois veio o meu prato de peixe, um bacalhau fresco com um molho crocante (de novo) espetacular,…

…. que se repetiria pra Dé (ela adorou!) e um boeuf pra Re, que estava ao ponto e cheio de frescuras gostosas, como esta tuille crocante (again) de cenouras.

Eu recebi um prato inesperado e que demonstrou o quanto o chef queria nos surpreender: pombo!

E ao ponto. Os Correios não sentiram a falta dele. Estava uma delicia.
Sobremesas repetidas pra Dé e pra Re (uma salada de frutas vermelhas com sorvete de baunilha ) e uma variação com chocolates pra mim.

Tudo perfeito e recomendo ferozmente pra quem tiver por aqui, experimentar a comida tradicional/de vanguarda (podemos considerá-la assim) do Jean.

Este merece a estrela do Michelin que tem.

3 – Daí pra frente, a sequencia parisiense comum: andar um pouco, conversar sobre a viagem e dormir o sono dos justos já que Paris te proporciona isto.

Ô cidade bacana, sô.

Ah! Só mais um detalhe simpático: o próprio dono do restaurante veio nos trazer uma dose dum conhaque especial de 20 anos.

A família toda agradeceu, bebeu e dormiu bem aquecida!
Saúde, ou melhor, santé!

E amanhã, o último dia da epopeia, fecharemos com chave de ouro!

Au revoir.

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Há 7 comentários

  1. Bem em cima do laço! A Sueli foi ao Jean por influencia do casal e estou curioso para saber de suas impressoes.
    Belo (bis) para Paris! Quando a Lina falou do Banke eu tinha achado um pouco afastado (para os meus padroes, claro). Gosto de descer e ja dar de cara com praças ou restaurantes, bistros, cafes movimentados (porisso a preferencia pela regiao de Saint Germain). Mas essa intereçao aqui e no CP me tem feito mudar de idéia.
    Pombo? Nossa, tinha até me esquecido que na infancia tinhamos um vizinho que fazia pombos e codornas deliciosos. Nunca mais comi carne de pombo.

  2. A esses preços eu teria que me contentar a dormir debaixo da ponte e a comer baguette todos os dias he he Convenhamos que até nem é muito mau, a vista para o rio é linda e o pão é muito bom 😉
    Quanto ao pombo, é menos um a arruinar os edifícios históricos de Paris 😉 Pobre do bichinho!

  3. EDU, querido
    Já havia lido esse seu depoimento lá no CP e, influenciada por ele, fiz uma reserva no Jean para a nossa última noite em Paris, que começou lindamente no Sanderens, no dia do nosso aniversário de 37 anos de casados.
    Mas, infelizmente, por um acidente de percurso, não chegamos no restaurante e cancelamos a nossa reserva ainda no hotel. Devia estar escrito em algum lugar, não sei por quem, que devia ser assim e, embora lamentando o ocorrido, jantamos muito bem no E’Envue, um restaurante moderninho, que estava na minha mira há algum tempo, comandado só por mulheres e que fica na rue Boissy d’Anglas, pertinho do hotel onde estávamos, ao contrário do Jean, que era bem longe.
    Quando saimos de lá fomos dar a nossa tradicional volta na Place de la Concorde, ver a Tour Eiffel tremelicando e tomar a última brisa da noite de Paris. Uma caminhada gostosa e bonita de volta ao hotel, pela rue Royal.
    Já estou morrendo de saudade.
    Um dia iremos ao Jean. Quem sabe todos juntos, Eymard? Agora não poderei deixar meu bis nos comentários ao restaurantes, que tenho certeza é ótimo.
    Beijos

  4. EYMARD,

    Eu também cheguei a fazer reserva no Bank, mas acabei optando pelo Vignon, embora mais caro, pela localização.
    Aquela efervescência de Saint Germain não me diz muita coisa. Gosto de lugares mais vazios e tranquilos, de preferência bem perto de onde estou. À noite somos tomados por uma lomba enorme e meu marido é como os bebês, dorme sempre muito cedo. Para quê violentá-lo? Há ótimos restaurantes próximo à Madeleine, onde se come muitíssimo bem, sem estar em Saint Germain, ou perto da Champs.
    Quem sabe a gente faz um pacote para o Bank e vai curtir as delícias do bairro?
    Abraço

  5. Edu
    Não dá para passar uns dias sem dar uma olhadinha no por aqui.
    Mas que bela estadia em Paris, depois de todas as aventuras pela Provence…
    Um grande abraço.

  6. Sócio, a Sueli não conseguiu ir. Mas foi em tantos lugares que o Jean seria mais um.
    E não me surpreendi com os pombos. Eles estavam deliciosos.

    Ameixa, estou de acordo com a parte de comer baguete.
    Pobre dos pombos? 🙂

    Sueli, então foi corporativismo? Restautante só de mulheres? E o Jorge? Gostou?

    Beth, ainda bem que você dá o ar da graça por aqui. Gratíssimo.

    Abs trufados a todos.

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